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DESTINO: Tailândia / Ayutthaya

TEMPLO DO SANTO, ESPLÊNDIDO OMNISCIENTE

วัดพระศรีสรรเพชญ์

​Última atualização: 02/05/2025

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Horário: 08:30 - 17:00

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Ingresso: 50 THB

No coração da antiga capital siamesa, o Templo do Santo, Esplêndido Omnisciente foi o templo mais importante de Ayutthaya. Integrado no recinto do palácio real, era um espaço reservado à família real, utilizado exclusivamente para cerimónias oficiais, sem acolher monges nem desempenhar funções monásticas.
O Templo do Santo, Esplêndido Omnisciente, nome que invoca veneração e sabedoria iluminada, foi erguido no século XV como parte integrante do complexo do palácio real de Ayutthaya. A construção foi ordenada pelo rei Borommatrailokanat (r. 1448–1488), uma figura central na reorganização política do Sião, que, ao transferir a capital para Ayutthaya, procurava não apenas reforçar o controlo administrativo do reino, mas também afirmar a centralidade religiosa da nova sede do poder.

O templo foi implantado dentro dos limites murados do recinto palaciano, numa zona de acesso exclusivo à família real e à corte, o que reflecte o seu carácter distinto. Ao contrário da maioria dos templos do período, que eram frequentados pelo clero e pela população, o Templo do Santo, Esplêndido Omnisciente foi concebido desde o início como um espaço sagrado reservado às cerimónias régias, com um papel puramente simbólico e litúrgico.

A sua fundação marcou um momento de fusão entre o poder político e o poder espiritual, num modelo que se tornaria característico da monarquia siamesa. Ao estabelecer um templo dentro do próprio palácio, o rei Borommatrailokanat reforçava a ideia de que o soberano era não apenas o governante terreno, mas também o protector da fé budista, uma figura com responsabilidades espirituais perante o reino. Esta ligação entre trono e religião viria a definir grande parte da identidade cerimonial e ideológica de Ayutthaya nos séculos seguintes.

Durante os reinados que se seguiram à sua fundação, o templo conheceu várias fases de ampliação e enriquecimento, com a adição de novos edifícios cerimoniais, plataformas elevadas e elementos decorativos em estuque e cerâmica vidrada, reflectindo o prestígio crescente da corte siamesa.

Em 1492, o rei Ramathibodi II ordenou a construção dos três grandes chedis — os monumentos mais emblemáticos do templo. Estas estruturas funerárias foram concebidas para acolher as cinzas de três monarcas da dinastia, incluindo o pai do próprio rei, e representavam não apenas um gesto de homenagem, mas também uma afirmação da legitimidade e continuidade da linhagem real.

Os chedis, construídos segundo o modelo tradicional siames, apresentavam bases octogonais, corpos em forma de sino e decorações refinadas, e terão sido originalmente revestidos a folha de ouro, o que lhes conferia um brilho visível a grande distância. Rodeados por imagens de Buda e outros elementos simbólicos, constituíam uma expressão visual de poder, devoção e estabilidade.

Em 1767, a invasão de Ayutthaya pelas forças birmanesas provocou a destruição quase total da cidade. O palácio real foi incendiado e saqueado, e o Templo do Santo, Esplêndido Omnisciente sofreu também danos profundos. Apesar da destruição, os seus três chedis centrais resistiram e permanecem como testemunhos silenciosos da grandeza passada. As partes do complexo palaciano, construídas em madeira, foram totalmente consumidas pelo fogo.

Hoje, o Templo do Santo, Esplêndido Omnisciente integra o Parque Histórico de Ayutthaya e é um dos locais mais visitados e fotografados do parque. As suas ruínas impõem-se pela sua escala e simetria, oferecendo uma visão clara da antiga glória da capital siamesa. Mais do que um templo, foi — e continua a ser — um símbolo do centro espiritual e político do reino de Ayutthaya.

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