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DESTINO: Tailândia / Chiang Mai

SANTUÁRIO DE ELEFANTES

เอลลิแฟนท์เนเจอร์ปาร์ค

​Última atualização: 02/05/2025

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Horário: Apenas por Visita Guiada

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Ingresso: 2500 - 6000 THB

No coração das montanhas a norte de Chiang Mai, o Parque Natural dos Elefantes oferece um lar seguro e permanente a elefantes resgatados de situações de exploração. Fundado por Lek Chailert, o santuário é hoje símbolo de compaixão e activismo pela protecção destes animais.


A história do Santuário dos Elefantes é inseparável da vida de Saengduean Chailert, ou simplesmente Lek, nome pelo qual é conhecida dentro e fora da Tailândia. Natural do norte do país, Lek cresceu numa zona rural onde a interação com animais era parte integrante do quotidiano. Desde muito nova, demonstrou uma sensibilidade invulgar para com os animais, mas foi um episódio marcante da sua infância que moldaria o seu futuro.

O seu avô, um respeitado curandeiro tradicional, recebeu como agradecimento pelos seus serviços um jovem elefante chamado Thong Kham. Ao contrário do que seria habitual — utilizar o animal para trabalho — a família cuidou dele com carinho, e Lek, então ainda criança, criou com Thong Kham uma relação de proximidade e confiança. Foi com ele que Lek aprendeu a alimentar, a compreender os sinais de dor e de tranquilidade, e a respeitar a natureza sensível e complexa destes gigantes.

À medida que foi crescendo, Lek começou a aperceber-se do sofrimento a que muitos elefantes estavam sujeitos: privados do seu habitat, usados em espectáculos turísticos, obrigados a transportar visitantes em condições duras ou a vaguear pelas ruas das cidades em busca de esmolas. A dor que via nesses animais contrastava com as memórias de afecto que guardava de Thong Kham — e foi por isso que decidiu agir. 

Com poucos recursos mas com determinação, começou a visitar elefantes feridos ou negligenciados em comunidades remotas, prestando ajuda veterinária básica e sensibilizando os donos para formas de tratamento mais humanas. O que começou como um esforço individual rapidamente se transformou numa missão de vida: proteger, reabilitar e devolver dignidade aos elefantes, oferecendo-lhes um espaço onde pudessem, finalmente, viver em paz. Foi esse caminho que, anos mais tarde, conduziria à criação do Parque Natural dos Elefantes.

No final da década de 1990, à medida que a sua acção se tornava mais conhecida e o número de casos aumentava, Lek percebeu que a ajuda pontual não era suficiente. Muitos dos elefantes resgatados não tinham para onde ir depois de receber tratamento. Foi então que nasceu a ideia de criar um refúgio permanente, onde estes animais pudessem não apenas sobreviver, mas voltar a viver de forma natural e segura.

Em 2003, essa visão concretizou-se com a fundação do Parque Natural dos Elefantes (Elephant Nature Park), nos arredores de Chiang Mai, no norte da Tailândia. O local foi escolhido por reunir as condições ideais: vegetação abundante, acesso a água, clima adequado e, acima de tudo, distância suficiente dos circuitos turísticos tradicionais, permitindo um ambiente calmo e protegido.

O parque foi planeado com cuidado e sensibilidade, não como um jardim zoológico, nem como uma atracção turística, mas como um santuário verdadeiro, onde os elefantes não são obrigados a actuar, a carregar visitantes ou a seguir rotinas forçadas. Não há correntes, nem bastões, nem comandos. Aqui, os elefantes são livres para caminhar, comer, brincar, descansar ou interagir ao seu próprio ritmo, num território amplo que inclui florestas, planícies e rios.

Para além da vertente física, o espaço também está pensado para favorecer a recuperação emocional. Muitos dos animais que ali chegam apresentam sinais evidentes de trauma: medos, tiques nervosos, isolamento. Com o tempo, o convívio com outros elefantes, a alimentação adequada, o contacto afectuoso com cuidadores experientes e a ausência de pressão vão permitindo um processo de cura gradual. 

Mais do que um abrigo, o Parque Natural dos Elefantes tornou-se um símbolo de resistência contra a exploração animal, um modelo de turismo responsável e um testemunho vivo do que é possível fazer quando se alia compaixão, conhecimento e acção concreta.

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