DESTINO: Tailândia / Chiang Mai
TEMPLO DE DOI SUTHEP
วัดพระธาตุดอยสุเทพราชวรวิหาร
Erguido no topo da montanha Doi Suthep, o Templo Phra That Doi Suthep é um dos locais mais venerados da Tailândia e um símbolo incontornável da cidade de Chiang Mai. Além da sua importância religiosa, é também conhecido pela beleza arquitectónica, pelas vistas panorâmicas e pela lenda que lhe deu origem.
Segundo a tradição, no final do século XIV, durante o reinado de Keu Naone, soberano do antigo Reino de Lanna, um monge chamado Sumanathera teve uma visão em que lhe foi revelado o local de uma relíquia de Buda — uma parte do osso do seu ombro. Guiado por essa revelação, o monge encontrou efectivamente a relíquia, que demonstrava propriedades milagrosas, como emitir luz e mudar de tamanho.
A relíquia foi transportada para Chiang Mai, mas pouco depois da sua chegada, partiu-se misteriosamente em duas. Acreditando tratar-se de um fenómeno auspicioso, o rei decidiu depositar uma das metades no templo Wat Suan Dok, na cidade. A outra metade foi colocada nas costas de um elefante branco. Os elefantes brancos são profundamente venerados na tradição tailandesa, frequentemente associados à realeza e à dimensão espiritual do poder.
O elefante foi solto na natureza, com total liberdade para escolher o seu caminho. Subiu a montanha Doi Suthep, caminhou até ao cimo, deu três voltas sobre si mesmo e tombou sem vida. O rei interpretou esse gesto como um acto divino, uma espécie de “aceitação celeste” do local como guardião da relíquia. Em resposta, ordenou imediatamente a construção de um templo no exato local da morte do elefante.
Foi assim que nasceu, em 1383, nasceu o Templo Phra That Doi Suthep — sendo Phra That o termo usado na Tailândia para designar templos que albergam relíquias de Buda. Com o tempo, o nome foi encurtado de forma informal para Templo de Doi Suthep, numa referência directa à montanha onde se encontra.
O acesso ao templo faz-se por uma escadaria de 306 degraus, ladeada por majestosas nagas — serpentes mitológicas guardiãs dos templos budistas. A subida, exigente mas simbólica, representa o caminho espiritual rumo à iluminação. Para quem preferir, há também um pequeno funicular que facilita a chegada ao topo.
Lá em cima, o templo revela-se em todo o seu esplendor. O chedi central, coberto por placas douradas, guarda a relíquia sagrada e brilha intensamente ao sol. À sua volta, há estátuas, sinos, murais e pequenos altares que criam um ambiente de recolhimento e espiritualidade. A vista panorâmica sobre Chiang Mai é de cortar a respiração, sobretudo ao entardecer.
O Templo Phra That Doi Suthep não é apenas um monumento histórico: é um centro de peregrinação activo, especialmente durante festivais como o Visakha Bucha, em que os fiéis sobem a montanha a pé, com velas nas mãos, em silêncio e oração. A presença constante de monges, o som dos sinos e os cânticos budistas reforçam a sensação de que este é um lugar vivo, ainda profundamente enraizado na fé local.