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GRUTA DE THAM KRASAE

ถ้ำกระแซ

​Última atualização: 05/05/2025

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Horário: 07:00 - 17:00

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Ingresso: Grátis

Situada numa falésia sobre o rio Kwai, a Gruta de Tham Krasae é hoje um pequeno templo budista instalado numa gruta de calcário. A poucos metros corre a linha do antigo Caminho de Ferro da Morte, aqui cruzam-se a espiritualidade dos vivos e a memória dos que aqui tombaram.


A Gruta de Tham Krasae encontra-se nas margens do rio Kwai, junto a uma das curvas mais perigosas da antiga ferrovia construída durante a Segunda Guerra Mundial. Encaixada numa escarpa rochosa, mesmo ao lado da via férrea, esta gruta serviu de abrigo temporário para prisioneiros de guerra aliados e trabalhadores asiáticos forçados durante a construção do conhecido Caminho de Ferro da Birmânia, também chamado Caminho de Ferro da Morte.

Durante a guerra, esta zona representava um dos maiores desafios da linha: uma curva apertada escavada na encosta, sobre o rio. O trabalho aqui foi extremamente perigoso, feito com ferramentas rudimentares e sem qualquer equipamento de segurança. A encosta instável e o risco constante de queda tornaram esta secção num dos troços mais mortíferos. A área em redor da gruta ainda hoje é conhecida localmente como Koang Morana, expressão que pode ser traduzida como “curva da morte”.

Depois da guerra, a gruta foi transformada num espaço de culto budista. No interior, entre as formações calcárias, encontram-se imagens de Buda em bronze que transmitem serenidade e respeito. Embora o espaço seja pequeno, está cuidadosamente arranjado e é frequentado por habitantes locais, que ali prestam homenagem e deixam oferendas.

É comum ver grinaldas de jasmim, pequenas flores amarelas, tigelas com arroz, incenso, velas e até garrafas de xaropes coloridos. Cada oferenda tem o seu significado, sendo feita em troca de um pedido, um agradecimento ou um simples gesto de devoção. Quem visita a gruta pode também seguir o exemplo dos locais e acender uma vela ou deixar uma flor.

Para além do seu valor religioso, a Gruta de Tham Krasae é um local de memória colectiva. A sua ligação à história do Caminho de Ferro da Morte é visível não só na linha férrea que ainda hoje passa ali, mas também no ambiente que rodeia a gruta — um espaço onde o sofrimento passado contrasta com a calma actual.

Hoje, a gruta é facilmente acessível por comboio ou por estrada, e muitos visitantes fazem aqui uma paragem para contemplar a paisagem, visitar o templo e caminhar ao longo da linha. É um lugar onde se cruzam espiritualidade, natureza e história. Num só espaço, convivem aqui o silêncio da gruta, a fé dos que aqui rezam e a memória de quem aqui sofreu.

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