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PONTE SOBRE O RIO KWAI

สะพานข้ามแม่น้ำแคว กาญจนบุรี

​Última atualização: 05/05/2025

A Ponte sobre o Rio Kwai é hoje uma das principais atracções de Kanchanaburi. Tornada famosa pelo filme de 1957, continua a atrair visitantes de todo o mundo que a atravessam, fotografam e procuram conhecer a história real por detrás da ficção.


Durante a Segunda Guerra Mundial, o exército japonês construiu o Caminho de Ferro da Birmânia, uma linha ferroviária com mais de 400 quilómetros, destinada a ligar a Tailândia à antiga Birmânia (actual Myanmar). A ponte que atravessa o rio Kwai foi uma parte fundamental desta linha e tornou-se um dos seus elementos mais emblemáticos.

A cerca de cinco quilómetros a norte de Kanchanaburi, os prisioneiros de guerra aliados — sobretudo britânicos, australianos e neerlandeses — foram forçados a construir não uma, mas duas pontes sobre o rio: uma de madeira, terminada no início de 1943, e outra de aço, concluída meses depois. Estas estruturas foram erguidas sob condições extremamente duras, com escassos recursos e sob vigilância militar constante.

Durante os ataques aéreos de 1944 e 1945, várias partes da ponte foram atingidas e destruídas, interrompendo temporariamente o tráfego ferroviário. Após a guerra, os Caminhos de Ferro Estatais da Tailândia procederam à reconstrução e manutenção da ponte, que passou a ser utilizada apenas para fins turísticos e cerimoniais.

A ponte de aço que ainda hoje pode ser visitada foi construída com estruturas metálicas transportadas da ilha de Java, então sob ocupação japonesa. As secções curvas da ponte, visíveis actualmente, fazem parte da estrutura original. Já as secções rectas foram acrescentadas após o conflito, durante os trabalhos de reparação levados a cabo para restaurar os danos causados pelos bombardeamentos dos Aliados.

Desenvolve: Em 1957, o lançamento do filme A Ponte do Rio Kwai, baseado num romance de ficção histórica, trouxe fama internacional a esta estrutura. O filme, vencedor de sete Óscares, incluindo Melhor Filme e Melhor Realizador, captou a atenção do público global e despertou o interesse pela história do Caminho de Ferro da Birmânia.

No filme, conta-se a história de um grupo de prisioneiros de guerra britânicos, forçado pelos japoneses a construir uma ponte ferroviária sobre o rio Kwai, na selva tailandesa. O coronel Nicholson, oficial britânico capturado, insiste que os seus homens devem colaborar e construir a ponte com eficiência, como forma de manter a disciplina e o orgulho militar. Enquanto isso, um grupo de comandos aliados prepara uma missão secreta para destruir a estrutura. O filme culmina num momento de tensão dramática, com a explosão da ponte durante a passagem de um comboio japonês.

No filme, a construção é atribuída quase exclusivamente a prisioneiros de guerra britânicos. Na realidade, participaram na obra prisioneiros de várias nacionalidades, incluindo australianos, neerlandeses e norte-americanos, além de dezenas de milhares de trabalhadores civis asiáticos (conhecidos como rōmusha), que constituíram a maioria da força de trabalho e sofreram as piores condições.

O coronel Nicholson, no filme, aceita colaborar com os japoneses e lidera a construção da ponte com rigor, por uma questão de honra e organização. Na realidade, os prisioneiros não tiveram qualquer escolha — foram obrigados a trabalhar sob ameaças, espancamentos, fome, doenças e falta total de assistência médica. Muitos tentaram resistir ou sabotar discretamente o trabalho.

O desfecho do filme mostra a ponte a ser destruída com explosivos colocados por comandos aliados no momento exato em que passa um comboio. Na realidade, a ponte foi alvo de vários bombardeamentos aéreos em 1944 e 1945, que danificaram parcialmente a estrutura. Depois da guerra, foi reparada e continua a ser usada até hoje.

Apesar dessas liberdades criativas, o impacto do filme foi profundo. A ponte — até então conhecida apenas localmente — passou a receber visitantes de todo o mundo, interessados em conhecer o local que inspirou o filme. A obra cinematográfica teve também influência directa nas decisões das autoridades tailandesas, que, para facilitar o reconhecimento do local pelos turistas, rebatizaram o troço do rio Mae Khlong como rio Khwae Yai, adaptando a realidade ao imaginário popular criado pela ficção.

Actualmente, a Ponte sobre o Rio Kwai continua a ser um dos pontos mais visitados da região. Os turistas podem atravessá-la a pé ou de comboio, contemplar o rio e observar os vagões restaurados que circulam sobre a antiga linha. Nas imediações, existem ainda museus e memoriais que prestam homenagem aos que ali trabalharam e perderam a vida durante a construção da ferrovia.

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