CHIANG MAI
TAILÂNDIA


Festival das Sombrinhas de Bo Sang
3ª semana de Janeiro
Conhecida pelas suas sombrinhas feitas à mão com papel de amoreira, pintadas com motivos florais ou cenas do quotidiano, Bo Sang enche-se de cor com o Festival das Sombrinhas, uma celebração vibrante dedicada aos artesãos locais. O festival gira em torno das icónicas sombrinhas de papel, pintadas à mão com desenhos florais e motivos do quotidiano, símbolo do património artesanal da vila. Durante o dia, os visitantes podem observar artistas a trabalhar ao vivo e adquirir peças únicas de artesanato local. Ao cair da noite, as sombrinhas são iluminadas como lanternas, criando um ambiente mágico que realça a beleza destes objectos delicados. A festa começa com um desfile de abertura, onde desfilam trajes tradicionais, danças típicas e música ao vivo. Há espectáculos culturais ao longo do dia, uma feira de artesanato com peças em seda, bambu e algodão, e um concurso de beleza que elege a “Rainha das Sombrinhas”. Entre os eventos mais aguardados estão as instalações artísticas com lanternas e os jogos populares que animam a vila até à noite. Mais do que um evento turístico, o festival é uma celebração da identidade cultural de Bo Sang, um testemunho vivo da mestria artesanal do norte da Tailândia, onde cada sombrinha conta uma história feita de cor, tradição e orgulho comunitário.

Festival das Flores
Fevereiro
O Festival das Flores de Chiang Mai é uma das celebrações mais emblemáticas do norte da Tailândia. Este evento, que teve início em 1977, assinala o final da estação fresca e celebra a abundância de flores tropicais e temperadas que florescem nesta altura do ano. O ponto alto do festival é o grandioso desfile de sábado, onde carros alegóricos meticulosamente decorados com flores como orquídeas, crisântemos e as exclusivas rosas damasco de Chiang Mai percorrem as ruas da cidade. Estes carros são acompanhados por bandas marciais, dançarinos em trajes tradicionais e participantes de diversas comunidades locais, criando uma atmosfera vibrante e festiva. O Parque Público Nong Buak Haad, situado no centro histórico de Chiang Mai, serve como epicentro das festividades. Durante o festival, o parque é adornado com exposições florais, jardins paisagísticos e instalações artísticas, oferecendo aos visitantes uma experiência imersiva na cultura e na arte floral da região. Além disso, o parque acolhe o concurso de beleza “Miss Festival das Flores de Chiang Mai”, onde as candidatas desfilam em trajes tradicionais e são avaliadas pela sua graça e conhecimento cultural. Para além das atividades principais, o festival inclui mercados de rua com artesanato local, espetáculos culturais, música ao vivo e uma variedade de iguarias da culinária tailandesa. A entrada é gratuita, tornando este evento acessível a todos os que desejam vivenciar a rica herança cultural de Chiang Mai. Se estiveres na Tailândia em fevereiro, o Festival das Flores de Chiang Mai é uma oportunidade imperdível para testemunhar a beleza natural e a vibrante cultura do país num só lugar.

Inthakin (Festival do Pilar da Cidade)
Maio ou Junho
O Inthakin, também conhecido como Festival do Pilar da Cidade, é uma celebração anual realizada em honra ao pilar sagrado da cidade, o Sao Inthakin. Este pilar, considerado o coração espiritual de Chiang Mai, está atualmente alojado no Templo do Grande Chedi, no centro histórico da cidade. O festival ocorre geralmente em maio ou junho, seguindo o calendário lunar, e tem uma duração de oito dias. Durante este período, os habitantes locais e visitantes participam em diversas cerimónias religiosas e culturais. Entre as atividades destacam-se a oferta de flores, velas e incenso ao pilar da cidade, procissões com imagens de Buda, espetáculos de dança e música tradicional, e mercados de rua com comida típica e artesanato local. Uma das cerimónias mais significativas é a Tam Bun Khan Dok, ou “Bênção da Taça de Flores”, onde os participantes fazem oferendas florais como forma de veneração e pedido de bênçãos para a cidade. Além disso, há uma procissão noturna ao redor do fosso da cidade, conhecida como Tham Boon Muang, destinada a homenagear os espíritos guardiões das portas da cidade e assegurar prosperidade para o ano seguinte. O Inthakin é uma expressão profunda da identidade cultural de Chiang Mai, refletindo a fusão de tradições budistas e crenças locais. É uma oportunidade única para vivenciar a espiritualidade e o património cultural do norte da Tailândia num ambiente festivo e acolhedor.

Yi Peng (Festival das Lanternas)
Novembro
Imagina uma noite quente no norte da Tailândia, com lua cheia e silêncio no ar. Estás em Chiang Mai, rodeado de pessoas que olham para o céu. Nas tuas mãos, uma lanterna de papel de arroz acesa. Larga-la e vê-la subir, devagar, até desaparecer entre centenas de outras. É assim que começa o Yi Peng, o festival das lanternas, um dos momentos mais mágicos que podes viver na Tailândia. O Yi Peng celebra-se em Novembro, na mesma altura do Loy Krathong, durante a lua cheia do 12.º mês lunar. Apesar de muitas vezes acontecerem em conjunto, são celebrações diferentes. Enquanto no Loy Krathong se lançam oferendas nos rios, no Yi Peng os pedidos vão pelo ar, dentro de lanternas leves e silenciosas chamadas khom loi. A tradição vem do antigo Reino de Lanna e tem raízes budistas. Lançar uma lanterna representa libertar tudo o que já não serve — tristezas, arrependimentos, pensamentos pesados — e deixar espaço para um novo ciclo. Ao mesmo tempo, é um gesto de gratidão e de esperança. Muitos tailandeses escrevem desejos ou nomes nas lanternas antes de as soltar. Em Chiang Mai, o Yi Peng é vivido com grande intensidade e respeito. Os templos enchem-se de lanternas coloridas, há procissões de monges, orações, meditação e cerimónias de luz. À noite, as margens do rio enchem-se de gente, e o céu transforma-se numa constelação em movimento. A imagem é impressionante, mas o que mais fica é o silêncio partilhado — aquele momento em que todos param e olham para cima. Se estiveres na Tailândia em Novembro, não percas o Yi Peng. Não é apenas bonito — é um daqueles momentos que te ficam na memória. Não pelo que vês, mas pelo que sentes quando soltas a lanterna e deixas o teu desejo subir, em silêncio, noite dentro.